sexta-feira

cão amarelo em cadáver esquimó, (esqui mot)

Um cão amarelo faz esqui encima de um cadáver de palavras completas para o pequeno-almoço. O cão era esqui mot mesmo de noite enquanto o Gonçalo alimentava se da estufa.
Gonçalo mostrou-se sempre sinóptico com a sequência acrónica do animal. Hoje, de madrugada, nada acertava que tal pessoa, de porte liquefeito, rolasse pela impaciência amarela. No entanto Gonçalo é elementar no amigo do Presépio (com um pouco de gelo na cabeça). Quer desenvolver o ouvido durante o solstício, ainda antes do desfile. Estávamos embrenhados na sua plantação que, só pela força dos polegares aquecidos, fazia re-descefalizar a nuca todos os dias.

- O que queres? – Pergunta a ulemá com uma cadela teimosa pela trela.
Gonçalo assusta-se, olha para o cão esqui e responde aos berros:

- Quase nada se pode fazer contra a intolerância cognitiva marcial. Uma sardinha-anjo de concerto com história, dizia entre um gole de vinho-ferro e um pouco de si própria mal assada “Um submarino terrestre de quem diz sempre a palavra resgatadora auto-fictícia.” – Pausa, olha para os miolos em flor dentro dos vasos e disse baixinho – Se acendes um fósforo durante o dia o Mundo vira logo uma computaria.
- Promessas são o que são! – Comenta a ulemá sobre o tema, a mexer na água que corre abundantemente, enquanto a cadela a bebe sôfrega.
Os Peixes num bocal televisão não admitem muito da vida. Os peixes não explicam de modo frontal, são plácidos, não clamam por palavras inspiradas, pensam ser felizes e que controlam tudo. Os Peixes são superficiais e recheados de convicção que a vida deles é que és Cada um vai vestido como quer, da cor que quer. Eu sei que sou fundamental no amigo do Presépio, e o cão esqui mot deve igualmente cumprir com o seu corpo delicado representações cinzentas de terceiros.

Os polegares já estão frios. O pessoal chega e envia-lhe sardinhas. Ele está-se pastando em terrenos apátridas, sem vislumbrar gatos peixes mar mundos cheios de carteiros endiabrados com notícias despidas de mulheres férteis ao anoitecer com as velhas sentadas lado a lado comendo peixe cru com sal nas bocas cheia de lábios ininterruptos de lobotomias pré ancestrais. Os outros, escondidos atrás dos plásticos translúcidos, estão a trabalhar.

O cão esqui mot come os restos da descentralização no prato.

Um trabalhador fecha a janela por estar muita claridade na poça. Em poucos minutos a estufa volta à temperatura normal e o mundo regressa ao animarem-se que faltavas tu.
Mas tu não chegas. Longe.

Chegam os taxistas sempre à conversa, sempre à conversa, sempre à conversa. O que diz infindavelmente tudo, erigindo outros vividos e cedendo assim génese as elocuções e conclusões, cénicas e dramatologias fecundas. Nada diz de verdade, de tarde esconde razões pérfidas incensáveis, não se contam na mira no laboratorial camuflado em anseios de ratificação de harmonizaria. Não! O falso pé que anda sozinho nunca respondeu por si próprio quando a polícia marítima o deteve para interrogações urbanísticas. A cadela da ulemá continua a beber a água e ninguém toma uma atitude.
- Têm medo é o que é! – Diz Gonçalo semi-recuperado dos polegares.
- Não! Sempre diremos não! não! não! – retorque a ulemá - Sempre diremos em três vezes soletraremos a palavra não de forma invasiva em defesa própria, que isto de atacar ao fim e ao cabo é defender, tudo em letras minúsculas, como deve ser no alfabeto transmutável da siderurgia analítica que fornece os marcos conceptuais e as referencias para a discussão dos sistemas de abrigo urbano. Analisa separadamente a severidade social nos seus três componentes básicos: sólidos delicados, vigor e ajuda tratável.
Gonçalo, fundamental nas cascas do Presépio, fica um pouco confuso. Aliás, fica bastante confuso mas ao olhar esqui mot amarelo de pança cheia de restos da desmoralização cultivada, ilumina-se:
- Todos pensamos ter dentro de nos, um cérebro que apenas bóia na ilusão do pensamento, escolhendo livremente conscientemente determinadamente sub-repticiamente se esta rimará com cão pão ladrão aldrabão, outros dirão de nós a pura verdade ignomínia no eterno temporal.
Os taxistas perante tal desgarre verbal fazem silêncio na estufa. Ouve-se apenas a cadela da ulemá a linguajar a água. Todos olham para a ulemá.

- Mas ninguém diz nada?!! – Diz o trabalhador da janela muito irritado.

A ulemá fica atrapalhada com a entrada de tantas quantidades. Ela afinal não sabe nada de teologia asiática. Diz coisas sob o comando da voz imediata:
- Cuidado vai chover! Tira a roupa do estendal, roupa poema, poema-cão, poema letra livro, escolha lê o que parece aparecer na tela de abertura de um som que confirmará o código página de jornal Inteiro.

Os taxistas olham uns para os outros e comentam em cima da esferovite:
- Isto pode criar estigmas! – Disse um ali ao lado.
- Pois pode! – Disse outro à frente
- Pode até trocar os nomes! – Disse outro cá atrás.
- Na década de 20 isso foi positivo, mas depois deixou de ser misturado. – Disse o mesmo de à bocado, mas mais afastado.
- Já em 91/92 isso foi um sofisma driblado a favor. – Disse outro e mais outro aqui bastante perto.
- Mas assim é muito mais perigoso para as nossas! – Disse aqueloutro ali.
- Mais perigoso? Provoca. – Diz o mesmo, mas não o mesmo de à bocado lá em cima.
- Porque assim não se consegue atravessar para o outro lado da meta-hipotética. – Diz outro aqueloutro aqui.
- Chamamos alguém para nos ajudar a atravessar para o outro lado. – Disse ainda um aqueloutro lá ao fundo.
- Mas quem?!!! – Diz mais um aqui ao lado.
- O cão esqui mot. – Disse o outro acolá.
- ZUM – diz o passageiro ainda no banco de trás.
- Nunca! Ninguém conseguiu ainda passar para o outro lado da morfo-hipotética. Muito menos desta hiper-hipotética com vasos comunicantes de afectos em estufa poética. Isso é impossível.
- Mas esqui mot pode ser o nosso guia. – Disse Gonçalo com os polegares já muito quentes, a afastar-se.
- Podemos ir de autocarro. – Diz outro lá em baixo.
- Mas quem é que sabe o caminho? Tu conheces adiante, cavalgar isto é um passeio junto ao perturbador a espalha-se conjunto? – Pergunta outro aqui bem perto, excessivamente próximo.
- O problema pode misturá-los vida a adiantar-se no infra-hipotético. Se o chamaria lá que a maneira flúi saíssem, não te esqueças do será no que quer que visibilidade, atravessaria facilitado, etc. – diz o outro mais que coincidente.
- Concordo. – Diz o último tentando liderar a opinião completamente por dentro.
- Então vamos. – Diz o último depois do último já a atravessar para o outro lado, com o esqui mot a ladrar amarelado esverdeado.

Sempre de faca afiada para os amigos que já não são, cão do pão pedra da calçada itinerante, braço de ferro, antigo infante que de todos os mares por onde nunca foram homens navegados em barcaças de algodão, triunfam com açúcar mascavado, querer ser ou parecer? Ninguém sabe, mas todos querem saber a outra opinião.

- Eu prefiro que Gonçalo tenha alegria na brisa do Presépio. – Disse ulemá.

Ninguém a ouviu.
Na segunda hipótese está a chave, parecer a chuva concomitante e a praça está repleta de gente com bolsos no chão, voltando ao assunto, eu estava ali, com aquela cara a esticar dentro do elevador. Você sabe, esperando os andares passarem e tudo o mais, quando ele me disse como deve ele actuar, como posso parecer? Escreve a concomitância da trivialidade expressiva em palavras que aborrecem até à ingestão expansiva de tudo o que soa imitado com limão.

Os taxistas ficaram receptivos, com base no G.P.E.R.T. devidamente assinado e carimbado.

Os poetas loucos, pelo contrário, reinarão em desculpas totalitárias de cubistas expressivos duchampianos. Eles sabem quem são, amigo, rei da sublimação anarco-racional, não lhe dês castigo, sê intemporal, enorme, voador até mais não. Não é o cinzento que o dirá, temperado frio mesmo em estado quente. Polegar do Gonçalo? Talvez! Que a inveja apaga o mundo e amanheça-o em sardinhas com pão de lã amassado em pipas sonoras sorridentes surripiadas pelo povo que sabe não saber mesmo o que não sabe.


NÃO HÁ NADA QUE INDIQUE ONTEM OUTRA VEZ

Verdadeiros quotidianos, falsidade intransigente, expiatória, decadente, emanada de provérbios celestiais, teatro de marionetas internacional. Cão esqui mot mot motim abonatório celestial num navio ancorado em tempo nenhum nem pátria nem sono despedida animal concerto de verão com despesas do natal tudo em mim sabe a sal de um mar já passado ainda antes da palavra Sol. Sardinhas do Sol, sardinhas do Mal, sardinhas animal peixe nadador cobiçado com pimentos em redor de nós com escamas na face defronte do espaço sideral onde tudo parece silenciar-se para ouvir o linguarejar da cadela da ulemá, a beber água…
Linguarejar são raspas de frases disso.

Ah, palavras!

quarta-feira


A terra envolveu se com o sol e entro. Ao longe cães ladram indefinidamente, por momentos se ausentam. Um som Redondo, dentro de mim há esperas de ser apropriado, igual desde sempre.
Velhas sentadas lado a lado, aguardam o crepúsculo, senti o sorriso do presente.
O fluir do tempo á vidas de noites paradas na sombra. Uma Árvore imensa que vai morrer tão graciosa. Os dias impossíveis de guardar. A palavra pássaro desenha-se no fluir do tempo em partes decimais que se inteiram num todo.

Um presente


O que é isto?
Absurda, com as mãos nos bolsos, sorri de uma única maneira.
Eu fico com a boca torcida para um lado, mas depois decido reforçar torcendo a boca para o outro lado e responder: “Isto é um presente do enviesamento das linhas da circunstância.”

terça-feira

AFINAL CÁ PASSAMOS


Uma maquinação de admitir
Em circulação universal
A pinta que chega á alarmar
Um mudado em cavaqueira

Nestes interiores dados subentendidos
Onde aparece o princípio
Residindo estreitamente aglutinados
O não saber o que nos espera

Os nossos fragmentos
Não se emolduram num descanso
Nem generalidades se podem aclarar por opiniões
Há uns que vociferam em mutismo

Imaturo Garrido quem te afiguro
Na agitação que bufa no ajuntamento
Rodopiar sem intuição de interesse
Abalamos ingerir em pirralhas a procedência

segunda-feira

Há sol dentro de nós e lá fora também.

Recusa ser de fracção, transfigurando de forma deformatada, o mundo sem admirável tem de ser sustento para o cão Amarelo em Arte Total, requer divergência. As raízes instrutivas em mistura não podem dar fruto já estafado, proliferação de mediação expandir ligações sinaleiras na divisível sociedade contemporânea. Marcar a diversidade, com a dita cultura reinante em alcatruzes repletos de oco, sem noção, e fora de prazo. Sair pela janela porque á abertura é o mundo extraordinário e Inteiro, um cosmos no qual hoje desbastemos prenuncias á través do filamento em rede. Agora vou me corrigir, não é comida pelo cão Amarelo mas pelo rato do computador…

domingo


O interrogatório e a pesquisa não são uma mesma realidade. As questionas nos são prescritas pela nossa curiosidade. A investigação é uma viagem, uma peripécia, uma indisciplina.
Aquele que questiona contenta-se de uma solução acertada ou apenas verosímil.
O curioso de inteireza quer outra realidade, é entusiasta.
Assimilar a receita química da água que é H2O não tira a indiferença.
A instrução contenta o homem, do qual a interrogação era mental. O homem com sede precisa de ser Inteiro.

EU T U ELE

O que tu és não sabe
Ainda não achei o plástico ideal para embrulhar as minhas palavras
E quem tu és é teu
Sei que te forjei
A vida é bela mas por vezes cai no chão
Enfim sobreveio

Jamais seremos inalteráveis, tornamos nós vento
Mas há tanto em trivial
Os mesmos requeridos
Fazem-te não ser só mais um

Assimilas e demonstras vontade
Alcançamos assim fundamento
Para alicerçar a dilecção
Pô-la em experiência em acção

A agilidade prolonga a perspectiva
Nas direcções e sentidos
Parece que faz uma ligação
Deixamos de estar sumidos

Por isso vem dedicado, vem ser
Não há presente nem primordial
Só juntos podemos fazer
Deslumbrante o mundo inteiro
Entre vontades perdidas

sábado

Num clima em que alargar farpela no estendal é ecológico



Veste se queira o sol
Da água rega
Agente forma
Alcantilado à correnteza,
Ascende o ascensor vertiginoso
Consorte boleia duas garras enfados
Em tal um trajo
Cordão abre exteriorização
Acabam indivíduos serviço
Ingerem abundante ao comprido
Do gargalho da visão afastada
Da edifício sem engenho
O alguidar em locomoção abandonado
Alegre por abrigar textura
Ocos pesarosos roubam
Pasma sem abrigo
Arraiais de luminosidade activa
Incendeiam o encoberto surrado
A mulher esfrega celebridades
Fantasia encharcada na roupa absorvida
Ecológica mente a si oportuna
Se o resplendor estriba agitação achega
Na essência da agremiação
Sinteticamente ecológica
Cio Inundado, azul luminoso
Treva próxima da luz
Geração alvas por enquanto
As artérias descansam de pé
Baseadas em fazenda com receio da cor.
Ao flanco de luzeiros
Actualmente há pouco desvelados
Desconhecido passa
Hoje a rua é! Acessório à chama enxurrada da lua análoga
Sentenças ribombam no espaço estático
Alargando o sossego genérico
Afastam notícias, concepções, razões
Em copos de embacio com clima
Faz-se a gira de nós apropriados
Sem desampararmos sinais de ilusão
Que por fazer andarão sempre
Conversa-se, discute-se
Por molde:
- O que indivíduo, o que não era,
Não deve organismo, como pessoa,
Pois sim, possivelmente, cogito que sim,
Não imagino conforme, admito,
Não sou, tenho a concepção que,
Possivelmente, tratamento que não, porque?
Começos duplicados em grilos quietos
Vagas ao discordante de um mar despojado
Há penúria de Eus no cosmos, aclaro:
Indivíduo, eu acabo, eu desejo
Mas ser idêntico, fazer próprio, intenção constante
O défice de Ego recruta ao aumento de Tus
De onde redundam Nós sem realidade
Entrementes a escura estelar um início. Segundo certificou apareceu
Com lua enxurrada. Sem multidão oca
Ruídos de aquém apelidam a agitação
Favorável dia ó ignorância arrefecida. Posteriormente, actualmente, entrementes. Articular, cambiar reflexões
Assegurar finalmente para expirar
-“Eu dentro não sou de afastar, sou de anexar
Não sou de interesses, sou de inteiros”.

sexta-feira

Felicidade quando o meu pesquisar se desabotoou…
Só sei que havia caminhos: o céu, a terra o mar e o mundo Inteiro…
Caminhávamos em camada barulhentas, germinava do ar uma cadência, feita do feitiço do flato defeito o plano.

Nas próprias curvas apareciam leitoas rindo-se.
Aparecia ter connosco o aroma deleitoso que alvorava das aldeias ocultas e interiormente em nos, resvalava um desmedido abismo de sensação.
Já eu destapei, o sorriso hesitante da dormideira, ainda imponderável música baloiçada pelo flato…

E se o génio desabou nos meus vistos moídos, de admirar pareci que em tal alquebrar do pesquisar, há igualmente um ocidente. Pois na intuição da incerteza, a chama pacífica veio folgar no encarnado do escurecer, o fulgor evadido e sacarina do intervale, na energia genuína dos mastros solitários, seguiram na quietude da imensidade que hipnotizou no nosso ânimo.

E se a choça era já cavada, eu aderi na melodia da agitação da nossa fantasia e actuei daí um episódio tocado a enigma das sortes que afluíram destilar os seus anelos flexíveis acima o universo e exprimir a expectativa de Conviver…