terça-feira


Nada apenas sardinhas (parte IV)


Os tu’s destilavam barba por fazer. Não boliam com ninguém, nem barbeiros ratos recusaram afinal convites de antigamente. A máquina do tempo esperava com o motor ligado há séculos. Saíriamos de madrugada. Mas naquele dia, a madrugada passeávamos pela planície rateira, agora tomada de uma só vesícula de tabuleiros quem era o cão amarelo, perguntavam-se. Gonçalo tinha vontades alucinadas não querendo falar deitado com a galinha mecânica a golpes de assustava-me. Isto pensara o engenho da filha que lhe aparecera com gente forçando calças arregaçadas de sardinhas em cardumes muitos à tarde. Numa cadeira do alpendre, cardumes tinham vergonha de olhar para os outros peixes vinham eles das feiras e da velha atribuía logo galinhas mecânicas, fechando os olhos quem sabe, uma ocasião rateira?
Instituíram o absurdo de cão amarelo reinante. Dominava o absoluto pensamento abstracto dormia outra vez e ainda antes do depois. Há tempos mesmo se mostravam a mesma coisa que víamos.

(In: manifesto sardinheiro já antigo)

1 comentário:

Anónimo disse...

o cão amarelo???????????????????